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março 18, 2011

Quadradismo

Eu sou uma pessoa que (hoje) procuro ser muito prática e procuro também tentar resolver todos os meus problemas, seja quais forem (problemas pessoais, afetivos, financeiros e problemas a resolver no serviço). Mas conheço pessoas que só sabem fazer certas coisas e não mudam muito e é o que eu chamo como título desse post: Quadradismo.

Considero o "Quadradismo" (peço uma licença poética para utilizar momentaneamente esse termo) uma qualidade para pessoas literalmente quadradas, mas não como a Skol mostra em suas propagandas, mas sim quadradas na vida.

Para tentar exemplificar melhor, considero uma pessoa "quadrada" quando ela não se esforça para nada, ou seja, ela precisa receber uma ordem ou um manual de instrução para resolução de qualquer problema. Esse tipo de pessoa não tem como premissa procurar uma solução antes de perguntar "como faz?", não fuça, não busca como resolver o problema.

Claro que quando há pressa, a premissa é justamente perguntar para resolver o problema, mas isso não pode ser o padrão. O padrão deve ser o "se vira". (minha opinião!)

Eu enquanto adolescente fiz um curso de informática de programação e neste curso eu tive um professor que era muito inteligente e ele nos ensinou uma coisa muito interessante: "Se vira pra resolver isso". As ferramentas estavam lá na nossa frente, material didático também, internet e ele estava lá para dar todo o suporte técnico (como auxílio para entender erros de programação ou algo muito avançado da linguagem que estávamos aprendendo). Um problema era lançado e nós, individualmente ou mesmo em duplas ou grupos nos uníamos para resolvê-lo e no final lançávamos nossas soluções e então discutíamos as melhores práticas. Isso ensinou que é possível buscar uma solução, seja ela qual for, do seu jeito.

Cada um tem um jeito de resolver problemas mas muitos simplesmente nem se esforçam para pensar em uma solução. E esse é o "quadrado".

Em uma discussão esses dias com um colega de trabalho sobre pró-atividade e interpretação de resultados, ele me falou que gráficos podiam ser interpretados por "deduções" e eu discordei, falando que era muito importante ter uma base estatística e de cálculo para que você pudesse afirmar com muito mais certeza o que você quer passar naquele gráfico. Ele não concordou e achou que o que ele aprendeu na faculdade ele não conseguia aplicar em nada no serviço.

O que tentei explicar é que a faculdade tenta ensinar o aluno a ser autodidático e a resolver problemas cotidianos e ao mesmo tempo passa teorias sobre o curso escolhido, ou seja, faz com que você possa lidar com problemas e situações e possa pensar como resolvê-los e não simplesmente perguntar a um professor a resposta dos mesmos.

Mas isso é o que eu acho. As pessoas "quadradas" podem (e devem) tentar resolver os problemas sozinhas e em momento algum devem se sentir coagidas a perguntar para alguém como resolver, porém se manter a premissa de perguntar antes de fazer sempre, eu penso que esse tipo de pessoa sempre vai ficar dependente de um "especialista" e não evolui para ser "especialista" em algo.

Divaguei. 

Não sou o dono da razão, mas é o que interpreto de pessoas que são "dependentes" em tudo. Utilize esse texto para refletir se você é uma pessoa assim e se você se identificar como um "quadrado", pense como melhorar esse comportamento e como ser uma pessoa pró-ativa e com iniciativa.

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